🏗️ Deformação de laje de base
As abordagens convencionais para o cálculo de ligações de aço-betão geralmente assumem que a laje de base de ancoragem não se deforma. A distribuição de cargas é simplificada de tal forma que as deformações são distribuídas linearmente ao longo da superfície da laje de base. Será que a laje de base se comporta sempre de acordo com estas hipóteses? 🤔
🖥️ Vamos testar esta hipótese no programa #RFEM da #DlubalSoftware. Este programa fornece ferramentas para a simulação e o dimensionamento de ligações aço-betão utilizando um modelo numérico de elementos finitos. O exemplo de referência será a ligação de um pilar HEB 200 a uma laje de base ancorada com quatro âncoras M24. Iremos compara duas lajes de base com diferentes espessuras:
1️⃣ Rígida (40 mm)
2️⃣ Flexível (15 mm)
👉 Flexão:
No caso de uma laje de base flexível, a distribuição das tensões de contacto leva a uma redução do braço de alavanca. Os cantos da laje de base próximos das ancoragens tensionadas ficam comprimidos contra o betão, o que gera forças de alavanca adicionais. Como resultado, a força de tração nas ancoragens aumenta em comparação com a versão da laje de base rígida.
👉 Compressão:
A partir da imagem de distribuição da tensão de contacto, é evidente que para a laje de base flexível a concentração da tensão de contacto em torno da projeção do perfil resulta em valores mais elevados do que no caso laje de base rígida.
👉 Tração:
De forma semelhante ao caso de flexão, uma laje de base flexível pode gerar tensões de contacto de compressão nos cantos, causando a formação de forças de alavanca. Embora este efeito não seja tão evidente no exemplo analisado, a distribuição das tensões de contacto e os valores da força da âncora mostram claramente a sua ocorrência.
📝 A modelação de ligações aço-betão utilizando modelos numéricos de elementos finitos permite uma simulação realista do comportamento da laje de base com base na sua rigidez. Para além de uma determinação mais precisa da distribuição das tensões de contacto na laje de base e das forças de tração nas ancoragens, é possível simular a rotação na laje de base de ancoragem. Para a variante flexível, esta rotação será maior, resultando numa deformação maior da estrutura modelada.